Olhando Para o Céu

OLHANDO PARA O CÉU
OS TIPOS DE NUVENS E SUAS ALTITUDES

Por Cap Herman Junior

Muitas vezes, nos vemos olhando para o céu na intenção de tentar entender se vem chuva, mudança de tempo, etc. Quem nunca fez isso?

A questão, contudo, é muito mais complexa. Há vários tipos de nuvens e em altitudes diferentes, podendo ou não representar grandes mudanças ou apresentar indícios de que algo está à caminho.

Por diversas vezes as nuvens foram mencionadas na Bíblia como algo manipulado pela força de Deus e também como forma de mostrar a grandiosidade dos deuses da mitologia.

Nossos antepassados acreditavam que quando Thor cruzava os céus com sua enorme carruagem, ele agitava seu martelo e daí surgiam faíscas luminosas e logo após poderia se ouvir um grande estrondo. Na mitologia isso significava a fúria dos deuses, mas hoje bem sabemos graças aos avanços da ciência, que se tratam dos raios e trovões.
Um grande mito na história da humanidade, hoje está muito mais fácil de se entender. Não somente o que são, mas como se formam e qual impacto possuem sobre os mares.

As nuvens são basicamente formadas por um conjunto de partículas diminutas de água ou gelo encontradas em suspensão na atmosfera e que se condensam ao subirem e encontrarem temperaturas mais baixas em níveis superiores da atmosfera. As massas de ar, são as grandes responsáveis por esse transporte.

Existem alguns mecanismos atmosféricos que elevam as massas de ar que formam as nuvens. Esses mecanismos de elevação são divididos em 4 formas básicas que veremos a seguir:

Convergência de ar

As nuvens podem ser formadas como consequência da convergência de ar, que significa o encontro de dois fluxos de ar provenientes de direções opostas.

Causado pela topografia

O ar atmosférico pode se elevar devido a topografia do local. Isto é, quando o ar encontra uma barreira como uma montanha ou uma cadeia de montanhas e é forçado a subi-las.  Ao subir a montanha, o ar encontra temperaturas mais baixas e aí se formam as nuvens. A esse processo damos o nome de orográfico.

Convecção

Acontece quando o Sol aquece a superfície da Terra, dos oceanos ou florestas deixando o ar atmosférico aquecido logo acima da superfície. Este ar se torna mais leve e sobe. Nesta quantidade de ar que sobe, existe vapor de água que logo se condensa ao encontrar em altitudes superiores, temperaturas mais baixas.

Causado ao longo das frentes frias

Um dos mais conhecidos processos de elevação de ar é o que ocorre com os eventos das frentes frias. Pois neste caso temos o encontro de duas massas de ar de características diferentes onde uma é mais quente e a outra mais fria. A massa de ar frio avança sob a massa de ar quente o que a força a subir e assim surgem nuvens de diferentes formas.

As nuvens podem ser divididas em três grupos. As nuvens baixas até 2 km de altitude, as médias entre 2 a 8 km de altitude e as altas acima dos 8 km e também podendo chegar a 12 km de altitude. As nuvens também podem ser classificadas por sua aparência e textura. Em 1802, um cientista britânico chamado Luke Howard, que era um sistemático observador das nuvens, classificou-as baseando-se em suas características principais, com relação ao aspecto físico que possuíam. Howard usou na época palavras em latim para dar nomes as nuvens e até hoje são conhecidas dessa forma.
“Cirrus” que significa tufo de cabelo; “Cumulus” que significa amontoado; “Stratus” que significa camada e “Nimbus” que significa chuva.

As nuvens altas, também chamadas de nuvens cirriformes, estratocumuliformes e estratiformes, são as Cirrus (Ci), nuvens bem brancas como pinceladas no céu. São nuvens que podem anunciar a chegada de uma frente fria, as Cirrocumulus (Cc), quase transparentes e em grupos e as Cirrostratus (Cs) também muito finas e quando em frente ao sol, formam o fenômeno Halo. Essas também junto com as Cirrus nos avisam da chegada de um sistema frontal. As nuvens altas são formadas por cristais de gelo e não causam chuva.
As nuvens médias, também chamadas de estratiformes e estratocumuliformes são as Altostratus (As), que alteram a luminosidade, deixam o sol com um aspecto borrado e podem causar chuva bem leve e a Altocumulus (Ac), que lembram flocos de algodão lado a lado que forram o céu .
As nuvens baixas também chamadas de estratiformes e estratocumuliformes, são as Stratus (St), com aparência de um grande tapete branco e podem provocar garoa, neblina e nevoeiro e as Stratocumulus (Sc) com aparência de algodão e podem provocar chuva leve.


Além das mencionadas acima, existem as nuvens de desenvolvimento vertical médio e grande. Nas de desenvolvimento médio temos as Nimbostratus (Ns), cinzentas e espessas, podem provocar chuva leve e a neve e as Cumulus (Cu) conhecidas como nuvens carneirinhos e também caracterizam bom tempo. Já nas de grande desenvolvimento vertical temos as Cumulonimbus (Cb), muito conhecidas como sendo as nuvens associadas a tempo severo resultando em temporais, raios e até granizo. Podem chegar até 12 km de altitude e também são conhecidas como as que causam a famosa chuva de verão e as nuvens que dão origem aos tornados.

Olhar para o céu pode nos revelar muito mais hoje do que apenas o comportamento dos deuses da mitologia.

Por Capitão Herman Junior

Capitão Herman Junior

Cap Herman Junior é um empresário na área da educação, dono da escola de línguas ViaEnglish.com e do seu amor pelo mar e pelo ser humano, entre outros projetos voluntários, criou os Grupos Mayday e o portal bilíngue iNavigate. Hoje palestrante e colunista náutico, atua na área de segurança na Câmara Temática de Navegação e Segurança do Fórum Náutico Paulista, câmara que também coordenou entre 2018 a 2019.

Herman é especialista da Revista Náutica em Meteorologia Marítima e se dedica a ensinar desde 2015, gratuitamente através dos Grupos Mayday, principalmente Meteorologia para aumentar a segurança dos navegadores. Os Grupos Mayday foram seu primeiro projeto no meio náutico inspirado em uma terrível fatalidade com a embarcação Anjo Gabriel que custou a vida de seus sete integrantes. Herman buscava aí criar, fazendo uso do fluxo da comunicação das redes de bate papo, um mecanismo para facilitar o eco de pedidos de socorro de nossos irmãos no mar.

Funcionou, e de um grupo de WhatsApp surgiram 36 grupos lotados onde a segurança e a entrega de conteúdo gratuito foi conquistando o país dia após dia. No canal iNavigate Herman colocava seus ensinamentos, dicas e o projeto foi crescendo e dando suporte aos Grupos que foram agraciados com administradores extremamente competentes que se uniram ao projeto e ao Capitão Herman para gerir algo que já ganhava vida própria e não mais possuía fronteiras no Brasil.

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